No centro de nós somos todos iguais, nos detalhes e na nossa imagem podemos encontrar algumas diferenças, mas por dentro somos mesmo todos iguais.
O medo de não ser suficiente, de não ser amada, de ser rejeitada, ter medo de ser vista, de ser julgada, criticada, gozada. Estes são os denominadores comuns que são iguais em todas nós e nos conectam.
No centro de nós todos somos iguais, os sentimentos, as crenças, o significado que damos às experiências que passamos. Todas nós sofremos com os mesmo sentimentos, os mesmos medos.
Não é quando mostras as tuas diferenças e belezas que fazes a diferença, é quando tens a coragem de mostrar aquilo em que és igual, as tuas vulnerabilidades, os teus medos, a tua humanidade que te conectas e impactas muito mais.
Porque é quando mostras a tua humanidade independentemente do que os outros possam pensar que devolves aos outros como um espelho a sua humanidade também, que lhes mostras que eles também podem ser quem são e está tudo bem e dás permissão para que também sejam humanos, para que não sofram mais achando que têm de ser diferentes, especiais ou perfeitos.
Sabes o que faz mesmo a diferença, é aquilo que partilhas não quando achas que criaste uma obra prima que faz de ti um génio, mas sim aquilo que partilhas quando pensas “será que vale a pena?”, “será que as pessoas se vão rir de mim?”, “será que vão achar que não sou assim tão boa e não sirvo para as ajudar ou inspirar?”, “Se que vão achar que aquilo que tenho para dizer não é importante ou é ruim?”
Na verdade, quando olhamos à nossa volta e tentamos entender o que se passa no centro de cada um, percebemos que afinal ninguém é melhor que ninguém e estamos todos a viver a mesma história. A história de que não somos suficientemente bons, que temos medo de ser vistos, de ser criticados, gozados.
E quando nos voltamos para fora e vamos para o mundo contar nossa história, mostramos que somos iguais, que somos humanos e que nos permitimos viver a nossa humanidade, mostrando assim a quem nos olha que também podem viver a sua. Dando o exemplo, atravessando através do medo, indo além dos nossos limites, dando o nosso salto de fé, mostrando quem somos e mostrando aos outros quem eles são também, dando-lhes permissão para serem autênticos também. E é aqui que nos conectamos com as pessoas.
Tenho percebido que me conecto cada vez mais com pessoas autênticas, cruas, que estão em ação fazendo suas próprias descobertas pessoais e inspirando com suas ações. Já não procuro conectar-me com pessoas que parecem ter todas as respostas, todo o conhecimento.
Durante muitos anos tive uma compulsão forte por conhecimento, queria saber tudo primeiro antes de dar o primeiro passo. Agora depois de um consumo desenfreado de informação e conhecimento cheguei à conclusão que não importa a quantidade e até a qualidade do conhecimento que eu possa consumir, porque não é o conhecimento que traz a transformação, é a experiência, a prática, a acção.
As pessoas que eu mais admiro não são aquelas que sabem mais, são aquelas que me mostram o que é possível sendo humanas, que atravessam os seus medos e avançam apesar deles e que me mostram o que é possível, não só para elas mas par mim também.
É quando sentes o medo e fazes na mesma que mostras aos outros que também podem fazer o mesmo.
Hoje eu liberto-me da necessidade de ser perfeita, de mostrar apenas o lado bonito da história. Porque sim, a história é maravilhosa mas também tem o seu lado negro e duro e tem sido tudo menos um caminho a direito, claro e obstáculos.
Hoje eu assumo o compromisso de mostrar o caminho sinuoso e a parte crua e menos bonita, mas também mais honesta e humana da história. Porque eu quero que tu vejas o que é possível para ti também.
Estou cansada de anos e anos a fio a consumir informação e a ver as capas lindas de sucesso que alguns “gurus” pintam e usam fazendo parecer que é tudo mágico e muito fácil de conseguir.
Como é que podemos ficar a assistir quietas ao seu sucesso dos outros enquanto damos o litro sem entender nada de como se chegar aquele estado de graça sem termos de nos acabar no processo e sem sentir que somos umas inúteis e incapazes que jamais poderão atingir tais feitos porque aparentemente aquelas pessoas são especiais.
Eles dizem que são iguais a nós, contam histórias de superação incríveis para nos encantar e iludir de que é fácil e que também pode ser para nós, basta aprender o que eles fazem estudando os seus cursos, mas depois estudamos e estudamos e nada… Enquanto eles parecem sempre ser diferentes, especiais e nós não conseguimos entender como raios é que se atinge esse estado de graça em que a vida flui e é tudo muito fácil. Não entendemos porque não é. Ou melhor, pode ser mas não é partindo da sua especialidade, daquilo que nos diferencia e sim partindo da sua humanidade e daquilo que nos iguala. E isso poucos mostram.
Então se tu és Coach, Terapeuta ou Educadora em Desenvolvimento Pessoal ou cura, a melhor maneira de te conectares com as pessoas que desejas impactar é atravessando os teus próprios medos e mostrando a tua história, crua, honesta, verdadeira. É sentires o coração bater, as pernas tremer e as mãos suar e fazer ainda assim e apesar do medo.
É assumir que às vezes as pequenas coisas que tens de fazer, como aquele novo post no blog ou redes sociais (como este para mim), aquele primeiro vídeo (ou mesmo aquele 100º ou mais), aquela primeira (ou que já perdeste a conta ao número) palestra que te continua a assustar fazer, aquele cliente novo para atender que há tanto tempo desejavas e agora que chegou te assusta e entusiasma ao mesmo tempo e todas aquelas pequenas coisas que te parecem montanhas gigantes muito difíceis de escalar, que te dam medo, mas fazes na mesma. Esta é a melhor forma de te conectares, é transformando a tua história enquanto a partilhas como um exemplo, é sendo humana e honesta no teu processo e não vestindo a capa de especial e quase super-herói.
Porque no centro de todos nós, somos todos iguais, nós todos temos a mesma história, todos sentimos os mesmos sentimentos, de que não somos suficientes, que temos medo de ser vistos como somo, que todos temos medo de ser criticados, julgados ou gozados, todos temos medo de falhar e temos medo do sucesso.
No centro de nós, todos somos iguais, todos queremos amor, atenção, conexão, cuidado, ajuda. No centro de nós todos temos a mesma história, somos todos iguais e quando mostramos a nossa humanidade e aquilo em que somos iguais, mostramos também como eles também podem ser humanos e prosperar e crescer para aquilo que desejam atingir em suas vidas, mostramos-lhes que não precisam ser especiais para conseguir o que desejam, apenas humanos e verdadeiros.
Vai em direcção ao cume da maior montanha que tens à tua frente. A tua montanha pode ser:
- Deixar o emprego para te dedicares somente ao trabalho que amas fazer
- Cobrar um valor justo pelo teu trabalho e deixar de trabalhar de graça
- Criar aquele programa ou curso cuja ideia já está na no papel à muito tempo mas que ainda não tiveste coragem de fazer
- Fazer o teu primeiro vídeo e colocar online
- Falar em público e fazer aquela palestra com o conteúdo e mensagem que queres tanto partilhar
- Etc., etc.
Lembra-te, aquilo que mais desejas não é uma coisa mas algo que queres sentir. Nós apenas desejamos coisas na nossa vida porque acreditamos que elas nos trarão um sentimento único que desejamos sentir.
Mesmo aquele teu ídolo ou mentor(a) que te parece diferente de ti, por dentro são exactamente iguais a ti e também têm os seus cumes e limites a ultrapassar. O que é que precisas ultrapassar para sentir o que desejas sentir?
Agora declara ao mundo que ultrapassarás o teu cume, o teu limite, porque tudo o que mais desejas está do outro lado à tua espera. Preenche os espaços em branco na frase:
Eu vou ultrapassar ______________, porque ____________ está à minha espera!
Para finalizar, vou partilhar contigo a minha declaração pessoal (momento cru, autentico e vulnerável):
DECLARAÇÃO PESSOAL – Eu vou passar o meu cume, o meu limite, o meu maior medo de ser vista e ser reconhecida como Coach e Palestrante de topo e sucesso internacional porque a minha coragem, confiança e riqueza estão à minha espera.
Porque é na minha humanidade e igualdade que me conecto contigo.
Com Amor,
Sónia Anjos
P.S. Queres ajuda para identificar os medos que te bloqueiam e identificar os próximos passos para os ultrapassar? Eu terei o maior prazer, entra aqui e vamos conversar.
